quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Futuro da Ruralidade

A ruralidade no futuro poderá desaparecer, pois cada vez mais assistimos a um extinção do nosso meio rural. O nosso governo acha que é a principal causa para o nosso atraso. Todos os anos ardem milhares de hectares que ficam reduzidos a cinzas, sem uma única intervenção do governo, para prestar auxílio a essas comunidades. Com a diminuição da taxa de natalidade no nosso país, as pequenas aldeias isoladas têm sofrido uma agravante neste domínio. A sua população tem vindo cada vez mais a ficar com uma taxa de idade acima dos 40 anos, com os jovens a ir para as periferias das cidades. As principais causas deste fenómeno são a falta de apoios para os jovens e crianças existentes nessas aldeias, onde não existem professores, sendo obrigados a fazerem quilómetros para a escola mais perto da aldeia que tenha um professor, podendo essa escola ficar a mais de 50 quilómetros. Com o grau de dificuldade em que essas comunidades vivem, torna-se difícil poder contribuir para a evolução dos mais jovens. Temos também o difícil acesso às aldeias, tão longe dos meios de saúde. Por isso cada vez mais temos assistido à deslocação da maioria dos jovens rurais. Porque querem ter uma vida melhor, possibilitarem os estudos necessários aos seus filhos, terem cuidados de saúde, terem emprego.
Neste sentido a ruralidade no futuro poderá não existir, porque ninguém lá quer habitar.

O Largo De Camões

Sou residente no Bairro Alto há vinte e cinco anos. O Largo de Camões está ai situado. Desde que tive autorização para poder brincar fora da alçada dos meus pais, ia com os meus amigos para o Largo de Camões. Ali jogava à bola, andava de bicicleta, brincava à apanhada, andava de skate, o largo dava-nos o espaço ideal para brincar. O largo tinha imensas árvores e a sua paisagem era linda. Mas isto tudo terminou no momento em que se transformou num parque de estacionamento.
O parque é subterrâneo, foi construído para fazer frente à falta de estacionamento na área, pois a população lisboeta faz as suas compras neste lado da cidade (Chiado). Mas o que serviria para facilitar, acabou por prejudicar. O largo encontra-se num bairro muito movimentado, cuja vida nocturna é bastante agitada, tanto pelos lisboetas, como pelos turistas.
Por este factor, o parque está constantemente repleto, o que faz com que o trânsito fique caótico e haja enormes filas de trânsito, devido às linhas de espera para o parque. Não sendo possível circular, o parque torna-se um autêntico pandemónio.
A sua beleza e paisagem foram afectadas. As árvores que existiam foram retiradas para a construção do parque, o largo ficou mais pobre. As brincadeiras que fazia em criança agora estão interditas aos mais novos. Perdeu-se um local de tranquilidade e de passeio para os idosos. Perdeu-se o verdadeiro Largo de Camões.